sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Piracema: Polícia Ambiental apreende dez toneladas de peixes

A época de desova da Piracema é um fenômeno considerado essencial para a preservação das águas e lagoas

A Polícia Ambiental do Estado de São Paulo já apreendeu dez toneladas de peixes em barcos de pesca durante o período de desova e reprodução da Piracema. O número é três vezes maior em comparação ao último período, quando foram apreendidas cerca de três toneladas de peixes. Durante o período da Piracema, é proibida a pesca nos rios, já que os peixes ficam até a superfície para desova e facilita a pesca e o consequentemente desequilíbrio ambiental. A época da desova do peixe termina neste domingo, liberando a pescaria.

O 4º Batalhão da Polícia Ambiental, que fiscalizou os rios da região de Ribeirão Preto e outras três cidades, apreendeu 1.236 kg de peixes nas embarcações. Foram realizadas mais de 300 autuações, recolhimento de mais de 28 mil metros de redes de pesca, 53 tarrafas e apreensão de 34 embarcações.
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"A multa varia de R$ 1.200 a R$ 13 mil, dependendo do caso. Em todo o Estado, o que mais preocupou foi a apreensão de peixes. O número foi realmente alto", comentou o comandante da base da Polícia Ambiental de Ribeirão, Luciano Fraga Maciel.

O comandante disse que os dados são apenas um balanço feito até o dia 20 de fevereiro e que a fiscalização continuará normalmente até domingo. "Fiscalizaremos tudo, incluindo o rio Pardo em que é proibida a pesca até de vara, mas as pessoas respeitaram esta época", comentou Maciel.
Piracema

A época de desova da Piracema é um fenômeno considerado essencial para a preservação das águas e lagoas. No período de outubro a março, os peixes sobem até as cabeceiras dos rios, nadam contra a correnteza para fazer a reprodução e a desova.

"É um equilíbrio ambiental e de preservação da espécie, por isso a importância da proibição e fiscalização da pesca. Sem mencionar que os peixes saem de longe e fazem esforço incomum para vencer obstáculos para desovarem", comentou chefe do escritório regional do Ibama de Ribeirão Preto, Eliana Velocci
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Fonte : Jornal A Cidade

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